A anfetamina é uma droga sintética, fabricada em laboratório, que estimula o sistema nervoso central e seus efeitos são muito semelhantes aos da cocaína.
Foi sintetizada pela primeira vez na Alemanha em 1887 e cerca de 40 anos depois começou a ser utilizada como remédio para aliviar o cansaço, descongestionante nasal, dilatar os brônquios nos casos de asma e estimular o sistema nervoso central.
Entre 1932 e 1946 a indústria farmacêutica desenvolveu uma lista de 39 usos clínicos para a anfetamina. Durante a II Guerra Mundial foi usada para aumentar o estado de alerta e reduzir a sensação de fadiga das tropas dos aliados e das potências do Eixo e após o término da guerra de 45, o mundo foi invadido pela anfetamina.
Era indicada para o tratamento dos viciados em heroína, porém, constatou-se que o consumo abusivo além dos efeitos já conhecidos, produzia um comportamento violento nos usuários, o que resultou na sua proibição.
Além da anfetamina existem outras drogas sintéticas que são semelhantes quimicamente, como a dextroanfetamina e a metanfetamina.
A anfetamina em estado puro se apresenta em forma de cristais amarelos e possui um sabor muito amargo. Normalmente o consumo é feito por administração oral em comprimido, mas também pode ser consumida pela via intravenosa ou aspirada em forma de pó ou dissolvida em bebida alcoólica.
Durante muito tempo a anfetamina chegou a ser utilizada nos tratamentos para depressão, epilepsia, mal de parkinson e narcolepsia (estado constante de sono). Mas, seu maior uso foi como emagrecedor, o que resultou em dependência, além de provocar casos graves de anorexia, desnutrição e eventual morte. Em 2011, o Brasil retirou do mercado o uso das anfetaminas para tratamento da obesidade.
Referências:
DEL-CAMPO, E.R.A. Medicina legal II. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 116.
MUAKAD, I. B. Anfetaminas e drogas derivadas. Revista da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, São Paulo, v.108, p.545-572, jan/dez, 2013.