A sexualidade humana transcende a esfera biológica, uma vez que conduz ao prazer. Desta forma a resposta sexual humana é compreendida pelo ponto de vista biológico, psicológico e social, interagindo todos entre si.
Masters & Johnson
O médico William Howell Masters (1915-2001) e sua esposa e psicóloga Virginia Eshelman Johnson (1925-2013), revolucionaram os estudos sobre a sexualidade no final da década de 50. Eles mediram a excitação sexual humana, de 382 mulheres e 312 homens, através de observação direta (filmagens em laboratório) e métodos de medição desenvolvidos por eles.
Eles chegaram à alguns resultados interessantes, dentre eles:
1. Que o orgasmo vaginal (durante uma relação sexual) e o clitoriano (durante a masturbação) não são diferentes.
2. Que as mulheres podem ter vários orgasmos, pois não têm, como os homens, um período em que não conseguem ejacular.
3. Descreveram as contrações rítmicas do orgasmo em ambos sexos, medindo a velocidade e a intensidade com que se repetem.
4. Que os seres humanos sentem os orgasmos de forma semelhante e que a excitação sexual pode ser descrita em quatro fases distintas.
Elaboração do ciclo de resposta sexual (1970)
Excitação
Platô
Orgasmo
Resolução
O relatório aborda também as generalidades e similaridades existentes nas respostas masculinas e femininas aos estímulos sexuais, como o rubor sexual, a miotonia (tensão muscular), hiperventilação, taquicardia, pressão sanguínea e reação sudorípara.
Como qualquer trabalho (mesmo científico) que aborde o tema sexualidade humana, a pesquisa de Masters e Johnson não ficou isento de críticas e polêmicas.
Apesar dos procedimentos de observação serem considerados inovadores e ousados, críticas foram levantadas a respeito da pouca espontaneidade e artificialidade nas relações sexuais programadas.
As maiores críticas refere-se ao caráter tipicamente técnico de suas conclusões, a uma sobrevalorização do orgasmo e à promoção pessoal de um tratamento modelar das disfunções sexuais.
Em 1979, a psiquiatra Helen Singer Kaplan complementou esse ciclo incluindo uma primeira fase, antes não mencionada por Masters e Johnson, que é o Desejo Sexual.
Psicóloga Magdail Brogna