Sífilis
É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, que entra no corpo por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas. A doença se manifesta pelos seguintes estágios: primário, secundário, latente e terciário.
Sífilis primária
Depois de 2 a 3 semanas após o contágio, o infectado vai apresentar feridas indolores (cancros) no local da infecção. Não é possível observar as feridas ou qualquer sintoma, principalmente se as feridas estiverem situadas no reto ou no colo do útero. As feridas desaparecem em cerca de quatro a seis semanas depois, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se inativa no organismo nesse estágio.
Sífilis secundária
Ocorre cerca de 2 a 8 semanas após as primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio. O infectado pode apresentar dores musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para deglutir. Esses sintomas geralmente somem sem tratamento e, mais uma vez, a bactéria fica inativa no organismo.
Sífilis latente
Nesta fase não há sintomas e pode perdurar por anos sem que a pessoa sinta nada. A doença pode nunca mais se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se desenvolva para o próximo estágio, o terciário – e mais grave de todos.
Sífilis terciária
É o estágio final da sífilis. A infecção se espalha para áreas como cérebro, sistema nervoso, pele, ossos, articulações, olhos, artérias, fígado e até para o coração. Aproximadamente 15 a 30% das pessoas infectadas não tratadas desenvolvem o estágio terciário da doença.
Sífilis congênita
Na sífilis congênita, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, ou na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma da doença. Porém, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidades nos dentes.
Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto.
Recomenda-se procurar um profissional de saúde, pois só ele pode fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, dependendo de cada estágio. É importante seguir as orientações médicas para curar a doença.
O tratamento precoce é muito importante, pois não se pode reverter danos causados anteriormente pela doença.
Gonorreia
A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. Qualquer indivíduo que tenha qualquer prática sexual pode contrair a gonorreia. A infecção pode ser transmitida por contato oral, vaginal ou anal.
A bactéria se prolifera em áreas quentes e úmidas do corpo, incluindo o canal da uretra. Pode ser encontrada também no sistema reprodutor feminino, que inclui as tubas uterinas, o útero e o colo do útero. Existe, ainda, a transmissão de mãe para filho durante o parto ou quando este ainda está dentro do útero. Em bebês, a gonorreia costuma se manifestar principalmente nos olhos, na forma de conjuntivite grave, mas também pode haver infecção disseminada.
Na maioria dos casos, a gonorreia passa desapercebida. Quando aparecem sintomas apresentam algumas características.
No pênis:
Dor e ardência ao urinar
Secreção abundante de pus pela uretra
Dor ou inchaço em um dos testículos.
Na vagina:
1- Aumento no corrimento vaginal, que passa a ter cor amarelada e odor desagradável;
2- Dor e ardência ao urinar;
3- Sangramento fora do período menstrual;
4- Dores abdominais;
5- Dor pélvica.
A gonorreia também pode surgir em outras partes do corpo:
1- Reto: coceira na região, secreção de pus e sangramentos;
2- Olhos: dor, sensibilidade à luz e secreção de pus em um ou nos dois olhos;
3-Garganta: dor e dificuldade em engolir, presença de placas amareladas na garganta;
4- Articulações: poderá ficar quente, vermelha, inchada e muito dolorida.
Por se tratar de uma doença bacteriana, o tratamento pode ser feito por meio de antibióticos. Converse com seu médico sobre qual o melhor antibiótico disponível para seu caso. Todos os parceiros sexuais do paciente com gonorreia devem ser contatados e examinados para evitar futuras transmissões da doença.
O prognóstico para gonorreia é quase sempre favorável, porém, ainda que se trate de uma doença curável, o ideal é precaver-se, optando sempre pelo sexo protegido.
Psicóloga Magdail Brogna