São medicamentos vendidos sob prescrição médica e com retenção de receita que atuam como tranquilizantes. São muito utilizados para auxiliar o tratamento de diversas doenças, tais como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, insônia, abstinência alcóolica, epilepsia, transtornos afetivos, etc.
Porém, tais enfermidades não se dissipam rapidamente, o tratamento pode ser demorado e complexo, o que inviabiliza a utilização dos benzodiazepínicos por muito tempo. Quando abusados produzem quadros de sonolência acentuada, confusão mental, alteração da marcha, dificuldade de concentração e de memória e dependência.
Os casos de dependência são decorrentes, na maioria das vezes, de uso muito prolongado e de doses acima das habituais. Chamamos de meia- vida o tempo necessário para que metade da quantidade ingerida do fármaco seja eliminada pelo organismo. Assim, os benzodiazepínicos de meia-vida mais curta possuem maior potencial de abuso, visto que os pacientes devem tomar mais doses por dia para manter o padrão de baixa ansiedade, por exemplo.
Entre os benzodiazepínicos temos, por exemplo:
Duração PROLONGADA (entre 40h a 200h), o Diazepam (Valium).
Duração INTERMEDIÁRIA (entre 20h e 40h), o Clonazepam (Rivotril).
Duração CURTA (entre 5h e 20h), o Alprazolam (Frontal).
Duração REDUZIDA (entre 1h e 1,5h) o Brotizolam (Lendormim).
Os Benzodiazepínicos diferem entre si em suas características farmacocinéticas (tudo aquilo que o organismo faz sobre o fármaco), como: tempo para atingir o nível sanguíneo máximo, a meia-vida, taxa de absorção, entre outras, e é isto o que determina suas aplicações clínicas.
É importante ressaltar que a ação depressora destes medicamentos é potencializada pelo consumo de álcool, o que pode inclusive gerar intoxicação (caracterizada pela queda da pressão arterial e uma hipotonia muscular – moleza/fraqueza que pode impedir que o sujeito fique de pé). Porém, são medicamentos seguros e precisam de doses 20 a 40 vezes maiores do que as doses terapêuticas para causar efeitos tóxicos.
É fato que os benzodiazepínicos auxiliam muito no tratamento de várias doenças e são eficazes a curto prazo, no entanto, é preciso cautela na sua utilização, pois, a vida tem seus percalços e dificuldades, e nenhum comprido vai curar nossas feridas, no máximo vai anestesia-las. A solução requer tempo e esforço através de psicoterapia, vontade pessoal, apoio familiar e social. Afinal, o que qualquer pessoa quer é ter qualidade de vida.