Síndrome do Pânico

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A Síndrome do Pânico pertence à categoria dos transtornos de ansiedade e caracteriza-se por crises súbitas de medo, angústia e terror, com múltiplos sintomas físicos e emocionais que duram cerca de meia hora e que alcançam sua intensidade máxima em até 10 minutos.


Os ataques podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou hora, inesperadamente, sem desencadeantes ambientais ou psicológicos aparentes. Em alguns casos, as primeiras manifestações da doença podem ocorrer após um acontecimento traumático ou estressante, que desestabilize a pessoa emocionalmente, mas, isso não é regra. Vale ressaltar que ter um ataque de pânico ou uma crise específica não caracteriza a síndrome, são necessárias repetições de ataques para configurá-la.


Durante a crise de pânico a pessoa apresenta vários sintomas, dentre eles:

Falta de ar
Sensação de desmaio
Tontura
Palidez
Fraqueza nas pernas
Ondas de calor e frio
Pressão na cabeça
Palpitações e taquicardia
Tremor
Sudorese
Sensação de perda de controle emocional
Sensação de morte eminente


Após a crise a pessoa apresenta uma forte sensação de exaustão e sonolência, isto porque, houve um desgaste físico e emocional intenso, com grande gasto de energia.


A síndrome do pânico atinge duas vezes mais mulheres que homens, especialmente entre os 18-35 anos de idade. 



A maioria das pessoas com este transtorno tem também agorafobia (medo de estar em espaços abertos, ou em meio a uma multidão ao qual seria difícil sair) e por isso, com frequência diminuem suas viagens numa tentativa de controlar o ataque num local em que eles não conheçam ou não possam sair facilmente. Com frequência desenvolvem uma ansiedade antecipatória, ou seja, se preocupam constantemente com o fato de quando e onde irá ocorrer o próximo ataque.


A qualidade de vida fica seriamente comprometida, estatísticas revelam que cerca de 60% apresentam depressão e 12% tentam suicídio. O alcoolismo secundário também pode afetar esses pacientes, numa tentativa desesperada de controlar a ansiedade.


Quanto ao tratamento é necessária uma associação de medicamentos e psicoterapia. Os remédios auxiliam na diminuição das crises, através de antidepressivos e ansiolíticos (calmantes) e a psicoterapia ajuda a compreender as causas do transtorno e de seus medos, entrar em contato com suas emoções e desenvolver formas de enfrentar as dificuldades encontradas pelo caminho.


Importante salientar que a síndrome do pânico não é um estado definitivo, sem cura. Inúmeras pessoas que passaram por isso, amadureceram, e apresentaram uma percepção melhor sobre si mesmas e da passagem da doença em suas vidas. Hoje encontram-se restabelecidas e lidando com seus problemas de forma mais autoconfiante, e com uma vida mais saudável e leve.