A nicotina tem alto potencial de abuso, ou seja, facilmente torna seus consumidores dependentes de seu consumo, fazendo com que sintam a necessidade de fumar para manter a concentração de nicotina no sangue.
Um fator importante a considerar é a dependência psicológica, pois os estímulos sociais e culturais exercem uma pressão que vai muito além da dependência física. O hábito de fumar associado a estímulos ambientais, como por exemplo os rituais diários para acender o cigarro e guardar o pacote no bolso, ou a presença em lugares como bares, festas, encontros com amigos, podem conduzir de forma psicológica ao uso do fumo.
Por ser uma droga de alto potencial de abuso e fácil aquisição, existe grande dificuldade no processo de abstinência. No entanto, é importante ressaltar que os efeitos benéficos da abstinência de tabaco são notados de forma imediata e substancialmente após a parada do consumo: redução no risco de cânceres; diminuição de problemas cardíacos e derrames; além da melhora na respiração (fôlego), paladar e aparência da pele.
Referências:
BALBANI, A. P. S.; MONTOVANI, J. C. Métodos para abandono do tabagismo e tratamento da dependência da nicotina. Rev Bras Otorrinolaringol, São Paulo, v. 71, n. 6, p. 820-827, 2005.
CARLINI, E.A.; NAPPO, S. A.; GALDURÓZ, J. C. F.; NOTO, A. R. Drogas Psicotrópicas – O Que São E Como Agem. Revista IMESC, v.3, p. 9-35, 2001.
FONSECA, A. Tabaco e Tabaquistas. Arq Med, v.21, n.5-6, p.183-193, 2007.