Tratamento Para Dependência de Nicotina

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A cessação do vício ao tabaco é extremamente difícil, a maioria dos tabagistas gostaria de parar, mas poucos obtêm êxito. Freud tentou sem sucesso abandonar os charutos por 45 anos antes de morrer de câncer de boca, aos 83 anos de idade. Para superar o vício, o melhor tratamento envolve intervenção psicológica e farmacológica, com uma taxa de sucesso em torno de 25% dos pacientes. As alternativas farmacológicas incluem:


1. Terapia de reposição de nicotina por meio do uso de adesivos ou gomas de mascar que reduzem a “fissura” (urgência em fumar) e aliviam os sintomas de abstinência psicológica e física. Em estudos clínicos de discos de nicotina, 22% dos indivíduos tornaram-se abstinentes dentro de seis meses após o tratamento, em comparação a 6% após o uso de placebo.

2. Bupropiona aumenta a atividade dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina, o que parece beneficiar mais as mulheres do que os homens, seu índice de sucesso e de 16% em um ano. Também reduz a “fissura” e o limiar para crises convulsivas, sendo contraindicada em pessoas com fatores de risco para crises convulsivas.

3. Vareniclina, recém-chegada ao Brasil, age nos receptores de nicotina no cérebro, além de diminuir a vontade de fumar. O remédio não deixa o fumante sentir prazer nas possíveis recaídas do tratamento o que possibilita um índice de sucesso de 23% em um ano. As gomas de mascar contendo nicotina e os emplastros de nicotina podem ajudar o indivíduo a abandonar o fumo.


Estima-se que atualmente:

2/3 dos fumantes desejam parar de fumar;

Destes, 1/3 tentam fazer isso;

Destes, apenas 2% conseguem sem tratamento.


De todas as substâncias de uso abusivo, o tabaco tem a MAIOR probabilidade de causar dependência, depois de uma vez usado.


Referências:

GRAHAME-SMITH, D. G. et al. Tratado de Farmacologia Clínica e Farmacoterapia. 3 ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2004.

RANG, H.P et al. Farmacologia 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.